sábado, 27 de junho de 2020

O início do começo - Leurash

    Na pequena e confortável cidade de Pallet, uma menina dormia em seu quarto, ansiosa pois havia completado 10 anos no dia anterior. Como prometido pelo Professor Oak, ela ganharia seu primeiro Pokemon para aventurar-se por toda a Região de Kanto.


 — Ai mamãezinha meu Bulbasaur fez xixi de novo — falava a menina enquanto dormia. Seu lençol estava no chão e ela com a cabeça no meio da cama, segurando o relógio e babando.

 — LEURI, ACORDA! — gritou Grace, a mãe de Leuri, e a menina despertou num pulo.


 — Mãe, que jeito é esse de me acordar?? Eu sou jovem, preciso dormir bem para ficar esperta e saudável!

 — Então esperte-se com a hora, parecia um Slowpoke dormindo! Você não tem compromisso com o Professor? — ela perguntou, entrando no quarto da garota com um Rhyhron ao lado.

 — Compromisso, uh... AH!!! MEU POKEMON!! — Leuri gritou, abrindo a janela da casa e saltando, se pondo a correr na direção do laboratório.


 — Isso foi mais rápido que pensei... Espero não se incomodarem com ela estar de pijamas — falou, virando-se e caminhando para a sala.


   Correndo pela cidade, Leuri lava seu rosto na fonte da pracinha central, onde um Ducklett se banhava. Algumas crianças riem de suas roupas e de seu cabelo bagunçado, mas ela tinha prioridades no momento.


 — AAAAI PROFESSOOOOOR — Leuri gritava, ajoelhando-se e batendo na porta do laboratório Pokemon, uma grande construção no fim da cidade.

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 — A porta estava aberta, você não precisava esmurrá-la, né? — um senhor abriu a porta, colocando as mão para trás. Usava um jaleco branco e blusa vinho, para dentro da calça.


 — P-Professor Oak?! — Leuri perguntou, com lágrimas nos olhos e olhando para cima, levantando-se de prontidão.

 — Você está horas atrasada, Leuri, o que andou fazendo? Dormindo? — perguntou, chamando pela garota para entrar no laboratório.

 — Eu? Dormindo? Claro que não, eu nunca durmo! Sou tipo um Pidgey! — disfarçou.


 — Os Pidgey dormem — Oak respondeu, a olhando de canto em seguida — E você está de pijamas, isso já te entrega. Como quer me ajudar no projeto da Pokédex se não consegue nem acordar cedo?


 — Professor, é que estive tão ansiosa ontem, fritei muito no Just Dance para comemorar meu aniversário, o Kairo e a Gilbeth foram lá em casa, ficamos até altas horas comendo pão com manteiga e chocolate quente que mamãe fez... — ela explicou-se, e Carvalho continuou sério — Não desista de mim, eu preciso de um Pokemon! Quero ser uma Mestra, a mais forte Treinadora de Pokemon de Kanto! Não, do mundo!

 — Foi isso que sonhou para não querer acordar? — perguntou, e Leuri caiu em lágrimas — Infelizmente, três jovens compromissados chegaram na hora e levaram os três Pokemon que separei para iniciantes.


 — Quê?! E tem como eu pegar os Pokemon deles pra mim? Eu queria muito um Bulbasaur — ela desesperou-se, e Oak bateu na própria testa — Tem que ter algo, Professor! Por favoooor!!

 — Até tem, mas vou logo avisando, ele não se comporta muito bem... — coçando o queixo, Oak é surpreendido por Leuri, que agarra-se em seu corpo, o balançado.

 — Eu quero, eu quero!! Não pode ser pior que o Rhyhorn da mamãe!!!

 — Assim me mata, para!! — ele protestou, e Leuri o soltou envergonhada — Deixa ver aonde coloquei... Aqui está, a Pokeball do Froakie.

 — Froakie? — perguntou, recebendo a bola das mãos do Professor. Ela pressiona o botão central dela, liberando um sapo azulado com um capuz de espuma nas costas.

💧Azul💧 on Twitter: "Feliz noche a todos los que escogieron a ...

 — Fro? — o sapo parecia confuso com o ambiente.


 — Amei, somos melhores amigos a partir de agora, tá? — quando ela foi acariciar o sapo, ele a mordeu, arrancando um grito de dor.

 — Eu avisei.


 — Tem outro não? Como ele pode ter dentes? — perguntou, e Froakie sorriu mostrando seus dentes — Ele é um assassino!

 — Não tem, é pegar ou largar — disse, fechando uma gaveta cheia de Pokeballs com o pé, sem Leuri ver — Vai querer?

   Leuri olhou para o sapo, que a mostrou a língua. Suspirando, ela abaixa a cabeça, mas cerra os punhos e a ergue novamente.

 — Vou! Eu aceito o Froakie, sei que posso fazer amizade com ele! — Leuri animou-se, e o sapo revirou os olhos — Vê se colabora, Froakie!

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 — Ótimo, assim me livro de dois... Digo, tenho uma Pokédex com defeito, mas tenho certeza que você pode encontrar alguém para arrumá-la — disse, entregando um estojo para Leuri, que o abre e vê o aparelho e mais cinco Pokeballs.

 — Com defeito, Professor?

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 — Quer um novinho? — perguntou de forma simpática, e Leuri confirmou — Então volte no tempo e chegue mais cedo!


 — Aaaah, vai me torturar com issooo! — ela derreteu-se no chão, e Froakie riu — Mas obrigada, Professor Oak! Vou completar com certeza a sua pesquisa dos Pokemon de Kanto!

 — Complete-a com roupas sociais, também — retrucou, e Leuri lembrou que estava de pijamas, envergonhando-se.

 — Não se preocupe, filha, sua mãe está aqui — Grace disse, adentrando o laboratório. Oak cora ao vê-la, ficando nervoso — Boa tarde, Professor Oak!

 — B-Boa tarde, bela Grace — ele respondeu, tremendo.

 — Mãe, como me achou? — perguntou, e Grace deu um beijo em sua testa.

 — Filha, espero que você sobreviva nessa jornada — disse, entregando uma muda de roupas para Leuri, que corre para o banheiro se trocar — E você, Froakie, cuide bem dela, tá?

 — Fro... — o sapo cruzou os braços.

   Em questão de minutos, Leuri estava arrumada e já saía do laboratório, com uma bolsa nos ombros e Froakie ao seu lado, sendo arrastado por uma corrente para Growlithe.


 — Tchau, minha filha!! Boa sorte e me liga! — Grace acenou para Leuri, que também despedia-se dos outros moradores da cidade.


 — Finalmente teremos menos barulho em Pallet, Helioptile — disse Josy, a vizinha de Leuri, que tinha a casa grudada na dela.


 — Relaxa que depois eu volto pra te visitar — Leuri piscou para a mulher, que morde sua própria blusa com raiva.


   Caminhando pela Rota 1, Leuri arrastava Froakie, que ainda tinha os braços cruzados. Cansando-se, ela decide fazer uma pausa.

 — Você me odeia mesmo, né? Ou só não quer viajar por Kanto? — perguntou, e o sapo mostrou dois dedos — As duas coisas?! Você tem vontade alguma de viver?

 — Fro — Froakie negou, e Leuri o abraçou — Fro?!

 — Não se preocupa, vai dar tudo certo! — consolando o Pokemon, Leuri acaba sendo atacada, abaixando-se para desviar de pedaços de espuma — Por isso que não faço psicologia!!

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 — Pruuu!! Pruuuuu!! — preso na espuma, um Pidgey debatia-se na grama. Leuri logo o reconhece, levantando Froakie.


 — Froakie, eu escolho você! Vamos pegá-lo! — disse, arremessando o sapo na direção do pombo, mas ele cai no chão, já que a corda estava amarrada numa árvore — Meu Arceus, te matei??

 — Pru pru pruuu! — rindo de Froakie, Pidgey o irrita, e ele dispara bolhas em sua direção. Porém, o pombo não é atingido, mas sim outro pássaro mais ao longe.


 — SPEAAAAROWW! — tratava-se de um Spearow, uma ave mais agressiva que os Pidgey.

 — Já ouvi falar daquilo, é um Spearow! Enquanto o Pidgey é debochado, ele é invocado! Salve-se quem puder!! — gritou, correndo para longe, mas tropeça numa pedra e cai, ficando diante de outro Spearow — Você é calmo, né?


 — SPEEE!!

   Gritando, o Spearow se une ao outro atacado por Froakie. Logo, todo o bando desses Pokemon sai de árvores, assustando a garota e seu Pokemon.


 — É isso? Acabou pra gente, Froakie? — perguntou para o sapo, que salta na cabeça dela e parte sua corda, correndo para longe — Acabou para mim, então?

   O que acontecerá com Leuri? Os Spearow terão piedade? Froakie fugiu mesmo? Descubram no próximo episódio!

Continua

sábado, 6 de junho de 2020

olha que bonito ui ui aaaaaaaaaaaaaa




 A essa hora da manhã as ruas ainda que ainda estavam desertas e cobertas pela neblina começavam a ecoar os primeiros passos dos comerciantes que ainda sonolentos caminhavam para abrir suas barracas e lojinhas junto ao cais e ao coliseu. Era o inicio do penúltimo dia da liga Pokémon.
Não conseguindo dormir, Patty caminhava lentamente enquanto observava a Maris Stella alternando sua cor entre azul e rosa. Percorreu o cais até chegar ao pontão e viu o oceano coberto por uma espessa neblina gelada.
E ali Patty permaneceu em silêncio, como se esperasse uma terrível tempestade que estava para chegar. As horas foram passando e as ruas começaram a encher de movimento, enquanto na pousada, Kairi descia para tomar o café da manhã com seus amigos. O seu olhar cruza com o de Kyle e os dois ficam em silêncio por alguns instantes.


— Querem parar com isso? Jeez até parece que não sabiam que acabariam se enfrentando - comentou, Edna que em seguida morde num pãozinho. Kairi decide sentar junto de Elena que puxa a cadeira para trás.


— Deviam se orgulhar, chegaram nas semi-finais e ficaram na frente de tantos outros treinadores - disse Rutee, tentando animar o filho e Kairi.

— Evee... - Sora demonstrava preocupação para com sua treinadora e pula no seu colo.


— O vosso combate é só de tarde, não é? Relaxem um pouco e aproveitem esse manjar que a mãe do Kyle cozinhou para nós - sugeriu, Eizen.

— Ora não é nada demais, assim me deixa sem jeito - Rutee cora e Kyle o olha de lado.

— Nada demais? A delicadeza na textura desses palmiers, nota-se que demorou imenso tempo a aperfeiçoar essa técnica - elogiou, Eizen — lendas contam que são necessários três anos para masterizar o creme de caramelo e mais oito para o palmier - continuou.


— Você agora é entusiasta dos palmiers? - Perguntou, Elena.

— De todo o tipo de pasteis doces, na verdade - Edna dá os ombros — o problema mesmo é quando ele os tenta cozinhar...

— Um dia irei masterizar a arte do palmier, ouviu isso mundo? - Eizen fica intenso.

— Se quiser posso lhe passar umas receitas para ir praticando - disse Rutee, com Eizen se entusiasmando.

— Faria isso por um misero mortal? Ohhhh que dia glorioso! - Os olhos de Eizen brilham de forma assustadora, deixando Rutee algo nervosa.


— Eizen, pare de se fazer à minha mãe! . Kyle gritou, incomodado.

— Eh?! Não é nada disso, você entendeu tudo mal! - Eizen tenta se desculpar e nisto Magnólia se levanta em silêncio.

— Avó? - Kairi se vira para a mulher que veste seu casaco.


— Vocês são muito barulhentos, vou tomar meu café noutro lugar - ela diz, saindo da pousada. Eizen fica desconfiado.

— Também vai? - Edna pergunta, vendo o irmão se levantar.

— Ehr... vou no banheiro, acho que comi demasiados palmier - disfarça, saindo a correr.

— Estou preocupada com Patty - disse Kairi, quebrando o silêncio.

— Ela tem estado muito estranha, nem veio ver nossos combates - Kyle comentou, finalmente trocando palavras com a amiga.

— Vocês deviam ir ver dela - sugeriu, Elena.

— É... você tem razão - Kairi se levanta.

— Vai também - Edna dá uma cotovelada em Kyle.

— Eh? Por quê? - Ele pergunta, levando um pisão que o obriga a controlar para não soltar um berro de dor.

— Vai logo! - Edna ordena e Kyle, vencido, acompanha Kairi.

Enquanto isso, Eizen se esconde por entre os arbustos e tal agente secreto tenta seguir Magnólia que caminha lentamente pela rua principal até ao cais.

— Um estaleiro abandonado? Não me parece lugar para se tomar café da manhã - coçando o queixo e armado em detetive, ele continua seguindo a senhora até um barracão velho.


Tratava-se de um edifício que não era usado há vários anos e estava na lista para demolição, mas por alguma razão a obra sempre atrasou e então o velho barracão continuava de pé, se tornando no lugar perfeito para Magnólia esconder seu segredo. Um segredo que Eizen estava quase a descobrir ao se empoleirar no muro e espreitar pelo vidro quebrado.

— Não pode ser! - Eizen fica chocado com o que vê.


— Nyaaa nyaaaa! - Um grupo de Purrloin se juntava em torno de Magnólia, ela havia trazido guloseimas para todos que agradeciam se esfregando nas pernas da senhora e ronronando.


— Isso, comam tudo meus pequeninos, estão com muita fome, não é? - Ela continua dando coisas, como novelos de lã para brincarem. Eizen espreitava, discretamente.

— Sinceramente nem sabia o que esperar, afinal ela é uma senhora simpática - com suas desconfianças resolvidas, ele desce do muro — puxa Eizen, desconfiar de uma senhora que ajuda Purrloin abandonados... fiquei até com vergonha de mim mesmo.


— Até que enfim... - Magnólia havia percebido que estava sendo seguida desde o começo e aproveitou os Purrloin abandonados para despistar Eizen. Então ela abre um malão preto e retira um casaco da mesma cor.

— Nyaa? - Os Purrloin veem ela trocando de roupa e colocando uma máscara no rosto.


— Acha-se muito esperto, mas na escola onde você andou eu fui professora - e assim Magnólia toma a aparência de Magna, a treinadora veterana que chegara ás semi-finais da liga Pokémon.


O coliseu recebe a plateia que entra em extase aquando o anuncio dos participantes. Magna recebe uma forte ovação enquanto Axel é vaiado pelo que vem fazendo na prova.

— Não parecem ir muito com a sua cara - comentou, Magna.


— Fica na sua vozinha - Axel responde com frieza.


— Vamos então proceder ao lançamento da moe...

— Não se rale - diz Magna, interrompendo o juiz — deixe o menino escolher, não é como se lhe fosse valer de muito - ela ri de peito cheio, irritando Axel.

— Escolha um qualquer, para mim tanto faz - ele responde.

— Er... bom, parece que teremos um campo aleatório, vamos ver o que o sorteio nos trás - as maquinas começam a trabalhar, digitalizando uma zona de neblina gelada, rodeada por placas de vidro que balanceavam livremente — vejam só, caiu o campo mais dificil, caros participantes bem vindos ao mundo dos espelhos! - Concluiu o juiz, recebendo aplausos.




O mundo dos espelhos era o pior campo para as batalhas, apesar da plateia conseguir ver tudo, os participantes têm a visão embaciada pela neblina espessa que cobre todo o recinto e os espelhos que facilmente podem ser contraditórios ao que os olhos transmitem. No entanto para a plateia era como um doce, um evento raro que permitia os fãs de filmarem os erros dos participantes e os postarem em redes sociais.

— Essa será uma batalha de seis contra seis, o primeiro lado a derrotar seis Pokémon será declarado vencedor e avançará para a grande final. Muito bem, podem começar! - O juiz anuncia e Axel se apressa a puxar a Pokébola.

— Em frente, Skarmory! - Axel escolhe a ave metalizada que quebra um dos espelhos,  vendo ele se recompondo em seguida.


— Skar? - A ave olha em volta.

— Ficou surda? Já pode começar, vozinha! - Axel grita para o outro lado.

— Pobre criança... meu Gengar já está há muito tempo no campo - Magna solta uma risada provocatória.

— Quê? - Axel vê o espelho que Skarmory quebrou ficando negro — Saia dai!

— Skar? - Sem perceber a ordem, a ave metálica recebe uma potente bola sombria nas costas, caindo sem sentidos.

— Er... Skarmory está fora de combate, a vitória vai para Gengar! - Nem com os replay a plateia conseguiu perceber o que acabara de acontecer, uma imensa energia ocupou um dos espelhos e deste saiu uma Shadow Ball que terminou a ave de uma vez.

— Uh... - Axel ficara estático, o que teria acabado de acontecer? Ele não percebera nada e nem se mentalizava que precisava trocar seu Pokémon.

— Axel, vai ter que fazer uma escolha ou será desclassificado - o juiz chama o garoto a atenção e este desperta do transe.

— ... certo - ele retorna Skarmory e lança sua próxima cápsula — não me desiluda, Floatzel em frente!

— Floow! - O Pokémon marmota começa a procurar seu oponente.

— Thunder Bol! - Magna comanda e nisto, os espelhos brilham em tons amarelos.

— Flow? - Floatzel olha por um instante e uma carga elétrica se abate sobre ele, deixando-o no chão, sem sentidos.

— Er... Fl-Floatzel não está mais em condições de combater, mais uma vitória para Gengar.

— Que... - Axel volta a ficar paralizado.

— Então garoto, achei que tinha vindo para vencer - Magna provoca.

— Cale a boca - irritado ele retorna Floatzel e lança o próximo — em frente, Golem!



— Goleeeem! - O Pokémon rochoso ruge, com faíscas saindo do canhão em suas costas.

— Vejam só, esta é uma espécie e Golem que cresce perto de usinas, uma visão bem rara - falou o anunciador que voltava a deixar a plateia hypada.

— O Gengar está escondido, mas deixou vestigios elétricos nos espelhos, procure-o e ataque com Rock Blast!



— Gole! - O rochoso obedece e começa a rastrear a electricidade, com os espelhos vindo até ele como íman.

— Ataque todos! - Axel ordena.

— Goleeem! - Ele dispara uma imensa massa rochosa, quebrando todos os espelhos, que se reformam em seguida.

— Cadê ele? - Axel pergunta, confuso, até que olha para o chão, reparando na sombra de Golem — não está sol nesse campo para formar sombra... GOLEM FUJ... - antes que terminasse, a sombra sorri com um rosto malicioso.

— Gole? - O Pokémon não se consegue mover e mil braços brotam do solo, se estendendo por todo o campo antes de o abraçarem numa imensa escuridão. Após ser solto, o Pokémon cai inanimado.

— E vai em 3, Golem está fora de combate e deixa Magna com uma absurda vantagem - a plateia volta a ficar em silêncio, os Pokémon de Axel estão caindo um por um.

— Não adianta tentar lutar, esse é o nosso pesadelo - continuou, Magna.

— Cala a boca velha, Swoobat vai em frente e não falha! - Com raiva, ele lança seu quarto Pokémon.

— Shadow Ball! - Magna sussurra.

— Swo? - O morcego tenta perceber de onde vem a esfera e nisto todos os espelhos ficam negros  começam a dançar à sua volta.

— Gengar... - um suspiro segue-se a uma chuva de bolas de energia que caem como meteoritos sobre Swoobat.

— Er... 4... Gengar acaba de derrotar Swoobat, deixando Axel com apenas dois Pokémon - falou o juiz, que nem conseguia fechar a boca, com o espanto.

— Você está preso nesse mundo escuro, deixe que a luz o guie e talvez consiga sair dele antes que se afogue - Magna diz, mas Axel não quer mais ouvir — cadê aquele treinador que submeteu o próprio irmão, o obrigando a desistir?

— Calada! Calada! Palossand, encha tudo de areia! - Ele ordena, libertando um imenso castelo de areia que começa a engolir os espelhos.
—  Saaaand!

— Da terra se formou, à terra voltou - profetizou, Magna.

— Pallo? - Uma imensa energia vem de dentro, explodindo o Pokémon e o deixando deformado. Os espelhos regressam ao campo enquanto Palossand se reforma com a areia, no entanto não parecia ter mais energia.

— E com isto Palosand não está mais em condições de combater, a vitória vai para Gengar! - Anunciou o juiz.

— ... não, eu tenho que vencer... pelo pai, ele precisa ser vingado. Eu tenho que a vencer! - Com Kairi em sua mente, ele ignora tudo o que vem acontecendo e liberta Grimmsnarl — destrua, destrua tudo! - Ordenou em desespero.



— Grriiiim! - O ogre estende seu pelo e, como lanças, perfuram os espelhos, destruindo-os novamente.

— Continue hahahaaha! Não pare hahahaa! Destrua tudo! - Num estado mental lastimável, Axel continua a comandar seu Pokémon que também usa o pelo como chicote no sono.

— Você afasta as pessoas que te querem bem e só deixa escuridão entrar em seu coração. Seus Pokémon também sentem isso, não percebeu? - Magna se mantinha calma ao ver a personalidade destrutiva do seu oponente.

— Cala a boca vagabunda, Grimmsnarl ataque ela! - A ordem choca a plateia.

— Grim? - O Pokémon olha para o treinador e no seu rosto expressa duvida.



— Faça o que eu lhe mandei, perfure essa velha nojenta hahahahahaha! - Ele volta a ordenar.

— Grim... - relutante, o ogre mira Magna e lhe lança o seu pelo, a senhora não se move e acaba sendo perfurada.

— Hahahahahaha! É para aprender, assim eu ganho, sou o vencedor! Hahahahaha! - Axel beirava a loucura, quando...

— Aqueles que olham com os olhos embaciados não vêem nada mais do que sombras e escuridão - a voz de Magna faz-se ouvir e Axel percebe que acertou em um espelho.

— Não... não pode ser.

— Sete segundos... tempo suficiente para si? Vamos ver o que faz com eles - Magna ergue o braço.

— Grimmsnarl, ataque-a! - Ele ordena.



— Argh! - O ogre corre na direção da senhora, mas uma imensa bocarra se abre por debaixo dele.

— Oops, tempo acabou - Magna diz e a boca se fecham engolindo o Pokémon de Axel e o expelindo para junto do treinador, sem se conseguir mover.



— E terminou! Grimmsnarl está fora de combate, embora não importasse porque Axel tentou atacar sua oponente e está desclassificado do torneio. Magna avança para a grande final.

— ... hm! - A senhora dá os ombros e retorna ao tunel, deixando Axel ajoelhado no coliseu, sem reação e rejeitando ajuda de quem tentava se aproximar. A organização resolveu o deixar ali sozinho enquanto as pessoas abandonavam o recinto.

Momentos depois.

— Heh? Como assim já acabou? - Kairi ainda não tinha encontrado Patty e já via as pessoas saindo do coliseu, comentando sobre o combate.

— Pelo que ouvi o Axel perdeu por 6-0 contra o Gengar da Magna - Kyle diz.

— Então um de nós vai ter de enfrentar aquele Gengar na final... - Kairi tremia só de pensar.

Enquanto isso...


— Não... eu não posso ter perdido... - Axel cambaleia pelas ruas, até que se vê num beco com uma sombra o chamando.

"Procura vingança?"

— Uh? - Escutando uma voz, ele avança — pai? - A sombra começa a se formar na sua frente.


" Venha até mim, meu filho"


— ...Hm! - No cais, Patty sente um arrepio na espinha e um nome surge na ponta da sua língu— Darkrai!