— Ai mamãezinha meu Bulbasaur fez xixi de novo — falava a menina enquanto dormia. Seu lençol estava no chão e ela com a cabeça no meio da cama, segurando o relógio e babando.
— LEURI, ACORDA! — gritou Grace, a mãe de Leuri, e a menina despertou num pulo.
— Mãe, que jeito é esse de me acordar?? Eu sou jovem, preciso dormir bem para ficar esperta e saudável!
— Então esperte-se com a hora, parecia um Slowpoke dormindo! Você não tem compromisso com o Professor? — ela perguntou, entrando no quarto da garota com um Rhyhron ao lado.
— Compromisso, uh... AH!!! MEU POKEMON!! — Leuri gritou, abrindo a janela da casa e saltando, se pondo a correr na direção do laboratório.
— Isso foi mais rápido que pensei... Espero não se incomodarem com ela estar de pijamas — falou, virando-se e caminhando para a sala.
Correndo pela cidade, Leuri lava seu rosto na fonte da pracinha central, onde um Ducklett se banhava. Algumas crianças riem de suas roupas e de seu cabelo bagunçado, mas ela tinha prioridades no momento.
— AAAAI PROFESSOOOOOR — Leuri gritava, ajoelhando-se e batendo na porta do laboratório Pokemon, uma grande construção no fim da cidade.
— A porta estava aberta, você não precisava esmurrá-la, né? — um senhor abriu a porta, colocando as mão para trás. Usava um jaleco branco e blusa vinho, para dentro da calça.
— P-Professor Oak?! — Leuri perguntou, com lágrimas nos olhos e olhando para cima, levantando-se de prontidão.
— Você está horas atrasada, Leuri, o que andou fazendo? Dormindo? — perguntou, chamando pela garota para entrar no laboratório.
— Eu? Dormindo? Claro que não, eu nunca durmo! Sou tipo um Pidgey! — disfarçou.
— Os Pidgey dormem — Oak respondeu, a olhando de canto em seguida — E você está de pijamas, isso já te entrega. Como quer me ajudar no projeto da Pokédex se não consegue nem acordar cedo?
— Professor, é que estive tão ansiosa ontem, fritei muito no Just Dance para comemorar meu aniversário, o Kairo e a Gilbeth foram lá em casa, ficamos até altas horas comendo pão com manteiga e chocolate quente que mamãe fez... — ela explicou-se, e Carvalho continuou sério — Não desista de mim, eu preciso de um Pokemon! Quero ser uma Mestra, a mais forte Treinadora de Pokemon de Kanto! Não, do mundo!
— Foi isso que sonhou para não querer acordar? — perguntou, e Leuri caiu em lágrimas — Infelizmente, três jovens compromissados chegaram na hora e levaram os três Pokemon que separei para iniciantes.
— Quê?! E tem como eu pegar os Pokemon deles pra mim? Eu queria muito um Bulbasaur — ela desesperou-se, e Oak bateu na própria testa — Tem que ter algo, Professor! Por favoooor!!
— Até tem, mas vou logo avisando, ele não se comporta muito bem... — coçando o queixo, Oak é surpreendido por Leuri, que agarra-se em seu corpo, o balançado.
— Eu quero, eu quero!! Não pode ser pior que o Rhyhorn da mamãe!!!
— Assim me mata, para!! — ele protestou, e Leuri o soltou envergonhada — Deixa ver aonde coloquei... Aqui está, a Pokeball do Froakie.
— Froakie? — perguntou, recebendo a bola das mãos do Professor. Ela pressiona o botão central dela, liberando um sapo azulado com um capuz de espuma nas costas.
— Fro? — o sapo parecia confuso com o ambiente.
— Amei, somos melhores amigos a partir de agora, tá? — quando ela foi acariciar o sapo, ele a mordeu, arrancando um grito de dor.
— Eu avisei.
— Tem outro não? Como ele pode ter dentes? — perguntou, e Froakie sorriu mostrando seus dentes — Ele é um assassino!
— Não tem, é pegar ou largar — disse, fechando uma gaveta cheia de Pokeballs com o pé, sem Leuri ver — Vai querer?
Leuri olhou para o sapo, que a mostrou a língua. Suspirando, ela abaixa a cabeça, mas cerra os punhos e a ergue novamente.
— Vou! Eu aceito o Froakie, sei que posso fazer amizade com ele! — Leuri animou-se, e o sapo revirou os olhos — Vê se colabora, Froakie!
— Ótimo, assim me livro de dois... Digo, tenho uma Pokédex com defeito, mas tenho certeza que você pode encontrar alguém para arrumá-la — disse, entregando um estojo para Leuri, que o abre e vê o aparelho e mais cinco Pokeballs.
— Com defeito, Professor?
— Quer um novinho? — perguntou de forma simpática, e Leuri confirmou — Então volte no tempo e chegue mais cedo!
— Aaaah, vai me torturar com issooo! — ela derreteu-se no chão, e Froakie riu — Mas obrigada, Professor Oak! Vou completar com certeza a sua pesquisa dos Pokemon de Kanto!
— Complete-a com roupas sociais, também — retrucou, e Leuri lembrou que estava de pijamas, envergonhando-se.
— Não se preocupe, filha, sua mãe está aqui — Grace disse, adentrando o laboratório. Oak cora ao vê-la, ficando nervoso — Boa tarde, Professor Oak!
— B-Boa tarde, bela Grace — ele respondeu, tremendo.
— Mãe, como me achou? — perguntou, e Grace deu um beijo em sua testa.
— Filha, espero que você sobreviva nessa jornada — disse, entregando uma muda de roupas para Leuri, que corre para o banheiro se trocar — E você, Froakie, cuide bem dela, tá?
— Fro... — o sapo cruzou os braços.
Em questão de minutos, Leuri estava arrumada e já saía do laboratório, com uma bolsa nos ombros e Froakie ao seu lado, sendo arrastado por uma corrente para Growlithe.
— Tchau, minha filha!! Boa sorte e me liga! — Grace acenou para Leuri, que também despedia-se dos outros moradores da cidade.
— Finalmente teremos menos barulho em Pallet, Helioptile — disse Josy, a vizinha de Leuri, que tinha a casa grudada na dela.
— Relaxa que depois eu volto pra te visitar — Leuri piscou para a mulher, que morde sua própria blusa com raiva.
Caminhando pela Rota 1, Leuri arrastava Froakie, que ainda tinha os braços cruzados. Cansando-se, ela decide fazer uma pausa.
— Você me odeia mesmo, né? Ou só não quer viajar por Kanto? — perguntou, e o sapo mostrou dois dedos — As duas coisas?! Você tem vontade alguma de viver?
— Fro — Froakie negou, e Leuri o abraçou — Fro?!
— Não se preocupa, vai dar tudo certo! — consolando o Pokemon, Leuri acaba sendo atacada, abaixando-se para desviar de pedaços de espuma — Por isso que não faço psicologia!!
— Pruuu!! Pruuuuu!! — preso na espuma, um Pidgey debatia-se na grama. Leuri logo o reconhece, levantando Froakie.
— Froakie, eu escolho você! Vamos pegá-lo! — disse, arremessando o sapo na direção do pombo, mas ele cai no chão, já que a corda estava amarrada numa árvore — Meu Arceus, te matei??
— Pru pru pruuu! — rindo de Froakie, Pidgey o irrita, e ele dispara bolhas em sua direção. Porém, o pombo não é atingido, mas sim outro pássaro mais ao longe.
— SPEAAAAROWW! — tratava-se de um Spearow, uma ave mais agressiva que os Pidgey.
— Já ouvi falar daquilo, é um Spearow! Enquanto o Pidgey é debochado, ele é invocado! Salve-se quem puder!! — gritou, correndo para longe, mas tropeça numa pedra e cai, ficando diante de outro Spearow — Você é calmo, né?
— SPEEE!!
Gritando, o Spearow se une ao outro atacado por Froakie. Logo, todo o bando desses Pokemon sai de árvores, assustando a garota e seu Pokemon.
— É isso? Acabou pra gente, Froakie? — perguntou para o sapo, que salta na cabeça dela e parte sua corda, correndo para longe — Acabou para mim, então?
O que acontecerá com Leuri? Os Spearow terão piedade? Froakie fugiu mesmo? Descubram no próximo episódio!
Continua
Se Leuri fosse de kanto imagino ela assim... Oak safado quer dar em cima da Grace, que bom que Sycamore só nasce em 5 gerações :3
ResponderExcluirGostei das referências ao anime e a todas as fanfics do grupo em 2014 ^^
sim muitas referências ^^
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