terça-feira, 29 de novembro de 2022

Capitulo 1: Eu sigo um bicho estranho.


    As flores brancas balançavam ao vento, deixando que algumas pétalas fossem levadas por ele. Pássaros voavam tranquilos, não haviam humanos ali. Os coelhos saltitavam alegremente. Um verdadeiro jardim natural, nunca tocado pelo homem. Mas isso estava prestes a mudar.

Pant Pant Pant

    Um garoto corria desajeitado, como se não andasse há muito tempo. Ele tinha os olhos avermelhados e os cabelos pretos espetados até o fim do pescoço. Tropeçando num graveto, caiu na grama e rolou colina abaixo, parando em cima de algumas flores. Quando abriu seus olhos, viu uma criatura diferente de tudo que conhecia voar por cima das flores sem o notar. Ele levantou e a assistiu afastando no ar, indo na direção de uma cidade ao longe.


    Sem pensar muito, virou-se para a direção que a criatura veio, observando uma árvore com o que parecia ser um holograma azul em movimento na frente do extenso tronco. Ele aproximou-se, encostando e então... Foi sugado para dentro do fluxo azulado. Aquilo definitivamente não era um holograma.


    POKÉMON
THE MYTHICAL WORLD

Capitulo 1: Eu sigo um bicho estranho.


Professor: Hm. Classe, está na hora da aula de genética. — Quase toda a turma lamentou com a notícia do professor bigodudo. — Vocês já estão grandinhos, mas vou deixar que façam dupla nessa aula. — Agora comemoraram.

    Essa é a Turma E da décima série da Academia Roxy, bem popular em Coney Island, Brooklyn, distrito de New York. Os alunos juntavam suas mesas e cadeiras para formarem duplas e assistirem a aula do Professor Stout.


 — Não entendo porque odeiam tanto genética. É tão divertido! — disse uma menina sorridente de óculos enquanto puxava sua mesa para perto de um garoto. Tinha os cabelos curtos e loiros, escondidos em cima por uma boina verde.


 — Se eu acertar o olho do Gothel com esse aviãozinho grudado com chiclete velho que achei debaixo da mesa, que tipo de mutação genética vai acontecer? — O menino tinha os uniformes amassados e abertos, com os cabelos castanhos desarrumados. Ele mirava seu aviãozinho num garoto gótico no outro canto da sala.

 — A mutação será você levando uma suspensão. Se aquieta, Mike! — Ela pegou o avião da mão dele, que revirou os olhos. Os dois eram a dupla mais afastada do professor.

    Esses são Mike e Bianca, dois amigos inseparáveis dentro e fora da escola. Mike não conversa muito com as outras pessoas, todos o acham esquisito, por isso senta-se no fundo da sala. Bem, pelo menos ele tem sua amiga.

 — Presta atenção, eu tenho uma novidade! Vai ter um desfile da Elesa no Luna Park nessa noite e eu estava pensando em chamar minhas amigas... E você, óbvio!
 — sugeriu Bianca, rosando as bochechas como de costume.

 — Essa noite? Vou falar com os meus pais, mas certeza que vou. Vai ser bom conhecer suas amigas.


PLIN PLIN PLIN PLIN

    A aula passou beeeem lentamente e quando o sinal tocou, todos comemoraram que estavam dispensados por hoje. Mike e Bianca despediram-se, mantendo o combinado de encontrarem-se de noite no Parque de Diversões. Agora iriam para suas casas almoçarem.


 — Finalmente sem uniforme! — exclamou Mike, saindo do vestiário masculino da escola, agora com roupas mais casuais.


 — Mas você gosta de falar sozinho mesmo, né? Na aula, na rua... Vai procurar ajuda, moleque estranho! — Provocou Gothel, debruçado na parede ao lado de fora do vestiário. Mike segurou firme na alça de sua mochila e pensou em responder, mas Gothel sempre andava acompanhado, não queria uma briga hoje. Ele apenas apressou o passo e deixou a escola pelo portão principal.


    Enquanto esperava a sinalização para os carros pararem de se moverem e enfim atravessar a rua, Mike reparou nos galhos de uma alta árvore que estavam balançando, desprendendo algumas folhas secas de outono. Pensou ser algum pássaro, não dando muita importância, e seguiu seu caminho.


    Não demorou muito para que chegasse em seu prédio, o mais antigo da rua, onde só moravam velhinhos. O antigo elevador assustava, mas funcionava bem, e Mike apertou o botão para subir ao décimo primeiro andar, o último do prédio. Antes de girar a chave na porta, ouviu uma discussão. Mordeu o lábio inferior e abriu, entrando de cabeça baixa.


 — Você quer saber de uma coisa, Grimsley? Eu vou trabalhar, e trabalhar muito para compensar o estrago que você fez! — Furiosa, a mãe nem cumprimentou Mike, que passou direto em direção ao quarto.


 — Karen, Karen... Me dê mais uma chance. Estou falando, vou ganhar muito dinheiro nas apostas de hoje. Só preciso que me dê algum valor para eu...

 — Eu quero é ficar longe de vocês. Atrasos de vida... — Ela interrompeu o pai de Mike, batendo a porta. Mike ouviu seu pai suspirar.

 — Estou descendo também, Mike. Faz algo para comer. — Mike ouviu a voz dele e em seguida a porta abrir e fechar.

    Desanimado, Mike retirou o boné vermelho que usava e se jogou de costas na cama, pegando o celular e abrindo o Twitter para reclamar de sua vida. Ele sente um calafrio e direciona o olhar para a janela, percebendo que estava aberta, mas nunca deixa a janela aberta...

"O chefe das pesquisas sobre formas desconhecidas de vida, Doutor Colress, afirma ter feito a descoberta de um ser melodioso e mágico. Ele..."

 — Chaaaato! — exclamou Mike, que fritava um ovo na cozinha. Seus pais deixaram a televisão ligada no canal de notícias.

    Quando o menino ia levar seu prato para a mesa da sala e comer o que preparou, deparou-se com sapatos, roupas. adornos e outros objetos espalhados pelo chão. Ele arregalou os olhos, será que havia algum animal ali dentro?
    Mike arrumou a bagunça e procurou o possível animal pela casa, não o encontrando. Então pensou que seus pais podiam ter arremessado os objetos um no outro durante a briga e ele não havia percebido até então. O resto de sua tarde envolveu passar horas no TikTok e fazer lição de casa, tirando dúvidas de todas as questões com Bianca. Seus pais não atendiam ligações e provavelmente não voltariam tão cedo, então foi se arrumar para o evento no parque, mas quando estava colocando o boné de frente para o espelho, sentiu ter visto um vulto correndo para debaixo de sua cama.

 — Ok, é só não pensar nisso que logo se esquece... — Ele repetiu para si mesmo, quando ouviu o barulho da cama sendo arrastada. Engoliu em seco e agarrou numa vassoura que estava encostada no armário.



*Escute isso antes de prosseguir*

    Escutando uma melodia enquanto se aproximava da cama, Mike sentiu-se mais relaxado por um momento. Ele tomou coragem e a levantou com uma só mão, mas quase caiu para trás quando viu...


 — UM RATO! — Ele gritou, acordando o suposto rato, que logo desvia de uma vassourada. — Meu Deus, meu Deus!!! É um rato, é um rato gigante!!

    Desesperado, Mike tentava golpear o rato, que o surpreende quando levita. Parecia ter cabelo longo esverdeado e um corpo pequeno e humanoide.

 — Você é o... — O tal rato começou a falar, mas recebeu uma vassourada na cabeça e caiu desmaiado. Eufórico, Mike se encostou no armário, quando ouviu a campainha tocar. Desesperado, ele pegou seu celular e saiu de casa.


*Leia ouvindo isso*

    Bianca havia ido buscar Mike em casa para os dois irem juntos ao Luna Park, a maior atração turística de Coney Island. Trata-se de um gigantesco Parque de Diversões, marcado pela requisitada roda gigante que permite uma vista panorâmica de toda a cidade. Hoje, uma modelo famosa desfilaria no parque, a Elesa Eletrizante. Mike podia não ser o mais interessado em moda, mas gostava de se distrair.

 — E as suas amigas? — perguntou Mike, pegando um algodão doce branco num quiosque. Bianca segurava um outro, da cor rosa.


 — Elas... Não puderam vir — respondeu, virando-se de costas para o amigo e observando a multidão de pessoas com bastões de luz nas mãos.


 — É uma honra estar aqui! — A modelo surgiu numa grande passarela montada especialmente para seu desfile. A multidão gritava loucamente e Mike e Bianca riram juntos, assistindo de longe.

 — O que houve, Mike? — Bianca perguntou, reparando na rápida mudança de expressão do garoto. Ela precisou repetir mais alto por conta do barulho.

 — Ah, você sabe... Meus pais brigando como sempre e as provocações no colégio... O de sempre. Ainda surgiu uma ratazana esquisita lá em casa, não tive coragem de tirar de debaixo da cama.

 — Amigo, você precisa se soltar! Vamos aproveitar juntos essa noite, tá bom? — perguntou, segurando nas mãos do menino e o puxando. Ela se afasta e começa a dançar, subindo as mãos pela cintura e as levando acima da cabeça, começando a fazer movimentos como orelhas de gato abanando.

    Contagiado, Mike começou a rir, improvisando algum passo, abaixando o boné e o subindo. Ele sentia-se leve naquele momento, mas avistou o rato de antes, flutuando atrás de Bianca. Curioso, observou melhor a criatura, que o chamou com as mãos e voou para atrás de uma árvore.

 — E-Eu... Vou comprar mais algodão doce! — Inventou para poder sair dali. Bianca assentiu, mas desconfiada.

    Atendendo ao chamado, Mike foi para trás da árvore, mas não encontrou a criatura. Ele pensou estar vendo coisas, mas sentiu duas mãos em seus ombros. Virou-se bruscamente e viu Bianca, o encarando séria.


 — Você está fugindo, não está? Por que sempre faz isso?

 — Bianca, eu não... — Ele voltou a se desconcentrar quando viu a criatura flutuante mais uma vez, o chamando com as mãos por trás de Bianca.

 — Se você não queria vir comigo, tudo bem. Não precisava mentir para ir embora. É por isso que eu sou sua única amiga, você é incapaz de...

 — Eu tenho que ir! — Ele deu as costas e correu para fora do parque, seguindo a criatura.

    Quase tropeçando enquanto corria, Mike só sentia que algo naquele ser humanoide e flutuante o atraía. Ele seguiu até um beco escuro, mas enquanto corria, foi vendo uma luz no final e sentiu seus pés pisarem em algo macio. Ele se viu num jardim florido e ensolarado, muito confuso com isso. Viu a criatura parada de frente para ele e recuou um passo.

 — Quem... É você?



 — Oi, humano! Sou Meloetta. Eu te perdoo por ter me nocauteado antes. — A criaturinha respondeu, flutuando para perto dele.

 — C-Como você consegue falar, rato?

 — Não sou rato, sou Meloetta! Humano, eu completei minha missão em te encontrar. Você precisa vir comigo, a anciã previu que a Verdade e o Ideal vão combater de novo e... — Ela já segurava na mão de Mike e tentava puxá-lo.

 — Calma, calma, muita calma nessa hora! Eu não faço a mínima ideia do que você esteja falando! E mesmo que eu fizesse, como poderia te ajudar? Sou só um estudante...

 — Ah, então você se chama assim? Humano Estudante.

 — N-Não! Meu nome é Mike!

 — Ah, sim! Eu sou Meloetta.

 — Você já disse isso...

 — Enfim, Humano Estudante Mike! Você tem que vir comigo!


 — Que sonho mais maluco que eu estou tendo, hahaha!! É daqueles sonhos conscientes, não é? Cara, estou conversando com um... O que você é mesmo?

 — Pokemon, e isso não é sonho!

 — Tomara que eu me lembre disso quando acordar, Porco Mãe!

 — Pokemon! Ai, não temos tempo, por favor, venha comigo!!

 — Ah, o que custa, né? — Ele decide continuar seguindo Meloetta, caminhando entre as flores. Havia uma árvore com um fluxo azulado borbulhante no tronco.

 — Esse é o nosso transporte! — Ela aponta para o fluxo. Dando os ombros, Mike salta para dentro junto dela.

    Deparando-se com uma imensidão azul, Mike se assusta ao perceber que não conseguia respirar, levando as mãos até o pescoço. Tinha a sensação de ter mergulhado numa piscina. Meloetta mantinha-se focada e, quando ele pensou que não aguentaria mais, caiu numa superfície gramada e recuperou o ar.

 — Wow... — Levantando-se, ele se depara com a paisagem de um maravilhoso parque florido, mas sem nenhum humano por perto. — Com certeza tinha alguma coisa esquisita naquele algodão doce que eu comi...


 — Tcharam!! — Meloetta flutua ao redor da cabeça de Mike. — Agora estamos no meu mundo! O Parque Gracidea é lindo, não acha? Abençoado pelos poderes de Shaymin!

    Caminhando um pouco pelo parque, Mike chega até uma área com diversas outras criaturas que nunca havia visto antes. Todos o olhavam com espanto, até mesmo os semelhantes a peixes que viviam num lago.


 — Mas o que é aquilo ali, Ronald? — uma marmota bípede com lacinhos na cauda pergunta, abraçando seu marido, igual a ela só que de cartola preta.

 — Não faço ideia, Margareth, mas não parece um Pokemon. Não se aproxime dele, Junior!

 — Tá bom, papai. — Um pequeno esquilo com olhos enormes responde, observando algumas bolinhas de sabão.

 — Quaaaaaaaaack! Mas o que temos aqui... — Um pato com penas azuladas se aproxima de Mike, observando-o bem de perto. — Quaaaaack!! Céus, você cheira mal!


 — Que adoráveis! Vocês são criaturas do meu subconsciente super criativo?! — Mike pergunta, pegando o esquilo no colo.

 — Solte o Junior!!

 — Quaaack! Ele está querendo nos pegar! Pode ser um enviado de Bisharp, chamem a anciã!!! — O pato entra em pânico, começando a correr em círculos até que bate a cabeça no tronco de uma árvore.

 — Acalme-se, Ducklett! Ele acabou de chegar no nosso mundo! — disse Meloetta, prestando assistência ao pato. — Oh, Humano Estudante Mike, você está pisando no Stunfisk...

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 — Uh... Você me amassou todinho... — disse o Stunfisk, um peixe de lama que quase grudou nos sapatos de Mike.

 — Amigos, se ele veio de outro mundo, é um alienígena? — perguntou uma Pokemon com um vestido de folhas e uma grande flor na cabeça. Meloetta a chamou de Lilligant enquanto tentava explicar a situação.

 — Vamos queimá-lo vivo! — gritou Junior, o esquilo, que ainda estava nos braços de Mike.

    Todos os Pokemon gritam e correm na direção de Mike, que ria descontroladamente da situação, acreditando que estava sonhando.

 — Vocês são engraçados, me lembram até uma vez que eu... — De repente, Mike recebe um soco da marmota de cartola, caindo sentado. Sua bochecha começa a doer e ele se surpreende. — Dá pra sentir dor num sonho...?

 — Quaaack! Está nos ameaçando?! Quer nos causar a dor eterna?!

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 — Agora eu que vou te amassar! — Stunfisk balançou as barbatanas e saltou para cima de Mike, o derrubando de costas. Os outros Pokemon se juntam para bater nele.

 — Parem, parem!! Meloetta, por favor!!

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 — Mas isso não é um sonho? — Meloetta flutua ao redor de Mike, que tentava escapar dos Pokemon.

 — Tá, talvez isso não seja um sonho... Por favor, me ajude!

 — Então tá bom! — Meloetta flutua até a frente dos Pokemon enlouquecidos e tosse duas vezes, se preparando para cantar.

 — Meloetta, não confie nesse alienígena! — Uma peixe em formato de coração rosa nadou até a beira do rio, exclamando para a Meloetta. —  Eu soube que ele veio de Saturno e quer nos escravizar. Também descobri uns segredos sobre a anciã e...

 — Quaaaaaaackkk!!! Guarde suas fofocas mentirosas para outra hora, Alomomola!

 — Bem, vamos lá. — Meloetta começa a cantar uma calma melodia. Seu cabelo esverdeado balançava e partituras musicais se materializavam. A canção relaxa todos no local, inclusive Mike, que abraça Junior. O casal se senta na grama para curtir a música, enquanto Ducklett, Lilligant e Stunfisk acabam adormecendo juntos. Alomomola desiste de fofocar, prestando atenção. Então, Meloetta desce até a cabeça de Mike.

 — Amigos, por favor, esse é o Humano Estudante Mike, ele é o Escolhido!

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 — O Escolhido? — Movendo-se lentamente, uma Pokemon mais alta do que todos os outros e com um longo vestido preto com laços brancos aproximou-se. Havia uma esquila ao seu lado, branca e com as bochechas redondas e amarelas.

 — Oh, Quaaaaaackkkk!!! Anciã, Pachirisu, olhem, olhem! Meloetta trouxe um alienígena! — Ducklett logo teve seu bico calado por alguma magia da anciã, o que deixou Mike impressionado.

 — Meloetta, esse é o humano que seu Mestre a pediu para trazer?

 — Humano, huh? Humanos são reais? — Vários sussurros são escutados pela anciã, que manda todos se calarem.

 — Exato, Anciã Gothitelle. Ele se chama Humano Estudante Mike.

 — Só Mike. — Mike interfere na conversa, porém, ao ser encarado por Gothitelle, se sente intimidado e recua.

 — O leve até o seu Mestre. — A anciã conclui, se virando para os Pokemon do parque. — E a vocês, que isso sirva de lição. Não saiam atacando qualquer um que encontrem sem que eu tenha dado uma ordem. Confiem sempre em mim.

 — P-Perdão, Anciã — disseram todos os Pokemon, curvando-se. Mike voltou-se para Meloetta, que o olha sorridente.

 — Meloetta, eu ainda não entendi... O que eu tenho com isso tudo? Realmente não é um sonho?

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 — Você é o escolhido! O escolhido nos salvará do perigo! — Meloetta rodopia, extremamente alegre. Os outros Pokemon no local a imitam enquanto Mike tentava se beliscar para acordar, mas em vão. Ele cerra os punhos, suando frio.

Continua

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