"Você é estranho!"
"É doido?! Os Pokemon não falam!"
"Isso é impossível, totalmente"
Para Wendel, ouvir pessoas pronunciando palavras parecidas com estas era algo muito comum. Nenhuma pessoa de Nacrene acreditava nas afirmações do jovem de 14 anos. O que ele afirmava? Bem, Wendel Snyder, desde muito pequeno, mostrava indícios de que conseguia entender os Pokemon. Aprendeu a falar sem ir para a escola, o que sempre intrigou sua família, mas ninguém nunca acreditou no que dizia.
No momento, o menino chegava em sua residência, com os sapatos brancos cobertos de lama. Na sala, Helen Snyder, sua mãe, o esperava.
Helen: E como foi o dia, querido? — perguntou, sorrindo de maneira gentil para seu filho, que parecia amargurado. Sem obter resposta, decidiu que deveria insistir — Wendel, responda sua mãe!
Homem afirma ter sido obrigado por um Watchog a invadir o cofre do banco de Castelia. A suposta vítima alega que o Pokemon conseguia falar como um humano, mas apenas com ele.
Misterioso rapaz que consegue comunicar-se com Pokemon vive na floresta de Nacrene ao lado de Pokemon selvagens.
Pokemon possuem o dom da fala?
Diferente dos quartos de adolescentes comuns, o de Wendel possuía paredes repletas de títulos de manchetes, recortadas e coladas pelo próprio garoto, todas se referindo ao mesmo tema; a relação dos Pokemon com a fala humana. Soava obsessivo visto por pessoas que não eram como Wendel, mas se todos fossem atormentados psicologicamente como ele, seria completamente normal.
Wendel: Espero que tenha funcionado... — murmurou, caminhando até a janela de seu quarto, onde havia uma caixa de papelão com alguns furos. Ao retirá-la dali, um Pidove se revela, adormecido — Perfeito. Acorde, Pidove! Preciso falar com você!
~Pruu... Aaahh! Que soninho bom! — exclamou o pombo, abrindo suas asas, até perceber que estava de frente para Wendel — Q-quem é você?!
Wendel: Relaxe, eu consigo o entender.
~Q-quê?!
Wendel: Meu nome é Wendel, eu consigo me comunicar com todos os Pokemon, embora ninguém acredite quando eu diga. Preciso muito da sua ajuda!
~Ok, eu ainda estou dormindo.
Wendel: Não, é sério, por favor, confie em mim! Preciso que entregue esta carta para a Professora Juniper, em Nuvema — falou, erguendo um cordão, onde a carta estava dobrada e amarrada. Ele o coloca no pescoço do pombo, que ainda estava muito confuso — Se puder me ajudar com isso, eu...
A porta do quarto se abre com força, assustando Pidove, que voa para longe levando a carta consigo. O menino se vira, irritado, encontrando os olhos de sua mãe.
Helen: Wendel, estava falando com aquele Pidove? — perguntou, levando uma mão até a cabeça, mas não esperou o menino responder — Seu psicólogo não está adiantando mesmo em nada... Mas eu vim tratar de outros assuntos. Me conte, o que aconteceu hoje na sua escola? Você nunca chegou com o tênis tão sujo como hoje.
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